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artes plásticas
8/9/2018
15h
Prêmio Pipa 2018
Nona edição do Prêmio PIPA, um dos mais importantes prêmios de arte do Brasil, no MAM. Veja quem foi.
Fotos: Marco Rodrigues.
Mais abaixo, o Prêmio 2017
2/10/2017
19h
Intensidade poética
O Museu de Arte Moderna do Rio está sediando a exposição da oitava edição do Prêmio PIPA, um dos mais importantes prêmios de arte do Brasil. Participam da mostra os quatro finalistas de 2017: Antonio Obá, Bárbara Wagner, Carla Guagliardi e Éder Oliveira.
Escolhidos pelo Conselho do Prêmio entre os 56 artistas nomeados pelo Comitê de Indicação este ano, cada um dos finalistas vem de uma região diferente do país. Para o curador do Instituto PIPA, Luiz Camillo Osorio, o fato reafirma o compromisso do prêmio com a ampliação da cena artística brasileira.
"Trabalhando com meios expressivos variados, a partir de contextos culturais diversificados, os quatro artistas têm em comum a intensidade poética e o compromisso com uma verdade expressiva a ser conquistada sem concessões", analisa.
Fotos: Marco Rodrigues.
Indicado pela primeira vez ao PIPA este ano, o brasiliense Antonio Obá (1983) propõe em sua obra uma reflexão crítica sobre o universo religioso brasileiro, questionando a ideia de um dito "sincretismo" e trazendo à tona situações históricas ligadas ao preconceito étnico. Na exposição, ele apresenta uma série de espelhos de ferro confrontados com monotipias corporais. A instalação é arrematada com um espelho-oratório maior.
Também nascida em Brasília, mas radicada no Recife, Bárbara Wagner (1980) centra sua prática fotográfica no ‘corpo popular’ e em suas estratégias de subversão e visibilidade entre os campos da cultura pop e da tradição. Ela mostracinco grandes retratos da série "A Corte", de 2013. Nela, populares fantasiados de membros da realeza protagonizam uma alegoria sobre a imutabilidade das relações sociais brasileiras desde os tempos coloniais até hoje, sobretudo no que tange à raça e à classe. A artista apresenta ainda o vídeo de 12 minutos "Faz que Vai", de 2015.
A delicadeza bruta da poética de Carla Guagliardi (1956) está sempre buscando os pontos de encontro entre imobilidade e mobilidade, temporalidade e atemporalidade, peso e leveza. Como finalista do Prêmio PIPA, a carioca residente na Alemanha exibe a instalação "Fuga II", 2017, que combina blocos de concreto, tubos de cobre e uma corda elástica. Instalada a cerca de 200 cm do chão, a corda convida o visitante a circular através da instalação.
Por fim, o paraense Éder Oliveira (1983) é pintor por ofício, investigando desde 2004 o homem amazônico a partir dos temas do retrato e da identidade. Conhecido por suas pinturas monumentais de personagens estigmatizados pela dinâmica social, como procurados nas páginas policiais ou jovens militares, Éder exibe um mural acompanhado de três objetos pequenos, iguais em técnica e formato.
Os quatro finalistas concorrem ao prêmio principal do PIPA, no valor de R$130 mil – o montante inclui a participação do artista ganhador em um programa de residência artística da Residency Unlimited, em Nova York, por três meses. O vencedor é escolhido pelo Júri de Premiação 2017, que usa como critérios de avaliação o portfólio e a trajetória dos artistas, as obras apresentadas na exposição do MAM -Rio e a importância do prêmio para a carreira do vencedor.
Eles concorrem ainda ao PIPA Voto Popular Exposição, categoria que premia com R$24 mil o artista preferido dos visitantes da mostra no MAM-Rio. Para participar da votação, basta depositar seu voto em uma urna localizada na mostra até o dia 05 de novembro.
Os finalistas doarão, cada um, uma obra para o MAM -Rio. Com isso, serão 32 obras integradas à coleção do museu ao longo dos oito anos do Prêmio – são quatro por ano. A incorporação de obras de artistas contemporâneos à coleção do MAM -Rio é um dos grandes objetivos do Prêmio PIPA desde a sua criação, em 2010.
Além da exposição anual no MAM- Rio, o Prêmio PIPA tem também atuação on line, com sites em português e inglês que, atualizados diariamente, buscam atuar como "A janela para arte contemporânea brasileira". Como explica Fernando Cocchiarale, curador do MAM -Rio: " Desde sua primeira edição, em 2010, o PIPA atua em duas frentes correlatas, com desdobramentos temporais e visibilidade pública diversos. São elas: o processo periódico de premiação (indicação dos artistas, seleção dos quatro finalistas, montagem de suas exposições e premiações) e a construção e atualização permanentes da documentação das obras de todos os artistas indicados."
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