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mídia

11/12/2017

23h

'O Globo' não ouviu Toquinho...

POR CININHA MEIRELLES

Imperdoável a atitude do jornal "O Globo" - sepultar o "Ela", suplemento que fez história no jornalismo carioca, mandando às favas o que cantou Toquinho na música "O caderno": "Só peço a você/Um favor, se puder/Não me esqueça/
Num canto qualquer".
 O delicioso informativo de moda e estilo, que emprestava o inegável charme dos sábados, e teve tanta gente importante em seu comando, como Mara Caballero e Nina Chavs, deu lugar a uma revista (revista é mais-do-mesmo) que jamais aplacará o "luto" dos domingos. E para jogar a derradeira pá de cal nas páginas de papel jornal que abrigaram as "linhas cruzadas" da Nina e as meias arrastões da Perla Sigaud, "O Globo" escalou o colunista da "Época", Bruno Astuto, que de uns tempos pra cá se converteu numa Maria Augusta de calças carioca, com incursões na TV Globo, onde conta a vida dos famosos e dá dicas de "etiqueta" no programa da Ana Maria Braga. Para comemorar o novo projeto, Bruno (que, espera-se, deve ter chamado a atenção da direção do jornal para o pecado da interrupção DO "Ela"), recebeu alguns cariocas emblemáticos e outros pretensiosos, no Copacabana Palace, local que diz muito de sua carreira no jornalismo, pois foi ali que ele surgiu, muito fora da dieta e tímido, nos anos 90, sempre escoltando a doidivanas Narcisa Tamborindeguy, de quem foi assessor pessoal, quando para os "íntimos" já dizia que "um dia" seria "editor do caderno Ela".

A "nova" revista, que semanas atrás já havia passado por outra roupagem, deu um toque de qualidade à edição de "O

Globo" - inegável. Até publicidade da Maison Valentino trouxe, fato inédito. E quando todo mundo imaginava que a capa viria com uma ex-rainha das quentinhas, de canelas gordas, de quem Bruno também fora assessor, surgiu uma Andrea Delal absolutamente capotante, produzida por Felipe Veloso (novo atleta do pedaço), nos salões do Copa. Ponto para os leitores, muito embora a gente não saiba muito o que faz a Delal, além de posar para colunas sociais.

Em seu texto de apresentação da revista, Bruno Astuto diz que até a mulher da favela poderá ser "Ela", a partir de agora.

Cininha não acredita, mas vai aguardar. Astuta e imprevisível, como convém.

Fotos: Bruno Ryfer.

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